sábado, 5 de junho de 2010

Resenha: Trilogia "O cubo"

     Em ordem cronológica de produção: "O cubo", "Cubo 2: Hipercubo" e "Cubo zero"

                    


     Sempre escutei sobre esses filmes, mas realmente nunca tive a menor curiosidade de assistí-los. Talvez seja porque as pessoas as quais eu conhecia e que se referiram a eles eram, na maioria das vezes, esquisitas ou muito chatas. Na verdade era puro preconceito mesmo. A trilogia, para mim, funciona como se fosse uma parábola cuja concavidade está voltada para cima. Em outras palavras, o primeiro filme é realmente bom, o segundo é péssimo e o terceiro volta a ser "mediano". O que mais chama atenção nesses filmes é o conjunto de referências que se disseminou pelo mundo do cinema de horror e da própria tv. Tais conceitos podem ser extraídos do próprio "big brother" (que na verdade é inspirado na obra 1984) e de filmes posteriores a ele, tais como "resident evil" e "jogos mortais".
     Em resumo, a trilogia se refere a um mosaico de Sci-fi, suspense e horror, onde desconhecidos se encontram em salas semelhantes a cubos, e "teoricamente" devem transitar de uma para outra na tentativa de sair do lugar. O detalhe é que algumas salas estão repletas das mais variadas armadilhas mortais.
   Talvez o status cult que alguns atribuem aos filmes resida em alguns questionamentos ora explícitos, ora subliminares e que podem perfeitamente ser extrapolados para a vida fora da tela. Perguntas tais como "o que é o cubo?", "Por que fui escolhido para estar aqui?" e "Há uma saída?" não passam de questões existencialistas camufladas. Em bom português seriam as habituais "quem somos?" "por que estamos aqui?" e "para onde vamos?". Além disso o filme expõe a natureza perversa humana que podemos desenvolver em momentos de stress e confinamento. Outro tópico para se debater é "quão influente em nossas vidas o governo pode ser?"
     Realmente o primeiro filme da série é muito bom. O segundo é de uma maluquice sem tamanho e talvez seja um deleite para físicos e matemáticos, mas sinceramente tenho que avaliar sob a minha ótica e o que esta veememente afirma é que o diretor perdeu a mão aí, principalmente com os efeitos especiais (que eu nem acho que funcionam) e o resultado final é que o filme se perdeu em alguma galáxia longínqua. O terceiro retoma um pouco os princípios originais (principalmente com as cenas de horror das armadilhas), mas peca ao tentar explicar detalhes mínimos do filme original e é justamente isso que arruína o que poderia ser definitivamente bom.
Notas respectivas: 8, 3 e 5
Assista o primeiro com gosto e os demais somente se tiver curiosidade (como eu tive), mas se não assistir economizará tempo.

7 comentários:

  1. Tem que entender a lógica do filme. Como foi produzido o filme não importa, ele não é um filme de terror e sim um filme de lógica. Quem critica é porque não entendeu a lógica dele. O Cubo Zero tem 26 compartimentos e é "rudimentar", a saída está no compartimento 27, da mesma maneira como foi projetado o Cubo 1 (porém mais engenhoso) e no Cubo Zero está em teste com voluntários que trabalharam para construir o cubo, assim como o Cubo 1 e Hipercubo são voluntários que assinaram o contrato. O Cubo 1 mostra o doente mental( que ficou doente mental por causa da cirurgia que fizeram em seu cérebro. Esse doente mental (ex-funcionário) que libertou a loira do Cubo Zero conseguiu se libertar do Cubo 1. Já no hipercubo temos o cubo com maior tecnologia e mudanças espaciais, projetado por um gamer e uma hacker, um designer e uma advogada da empresa e um coronel da Defesa Militar. Todos funcionários que foram colocados como teste no hipercubo trabalham na empresa. A hacker cega carregava consigo uma fórmula para tornar o hipercubo mais engenhoso e quando soube que pessoas seriam colocadas dentro e seriam mortas, fugiu da empresa, encurralada entrou para dentro do hipercubo. O hipercubo reinicia sempre que o relógio chega 06:06:59(se não me engano), por isso fica meio maluco, ao reiniciar, é como se o tempo voltasse e as mesmas pessoas vão se duplicando. Essa deve ser a falha física que a hacker tinha consertado em seu cordão, mas só poderia ser visto no próximo cubo. A loira pegou sua fórmula em seu cordão e quando entregou a fórmula foi morta. Ou seja, o filme hipercubo acaba com aquela sensação de que haverá outro, seguindo agora a fórmula da famosa hacker.

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  2. Melhor explicacao, agora sim eu entendi 👏👏👏👏

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  3. No hipercubo nao diz que eles foram voluntarios ou que sao prisioneiros como no filme o cubo, mais sim apenas pessoas ligada a empresa que poderia de alguma forma expor oq a empreza Izon estava fazendo.
    Sobre o Kazan ser o mesmo que o personagem que supostamente salvou a loira do cubo ate faz sentido mais eles tem o nome diferente, e tambem acredito que ele nao tenha salvado a loira pois a imagem mostrada e um sonho que o personagem estava tendo o mesmo que ele viu na memoria da loira no inicio do filme.

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  4. os comentários foram muito bem explicados, completaram muito bem a resenha do blog

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